Coletivo do Pirarucu denuncia pesca ilegal na Amazônia e ganha destaque na mídia

Denúncia de pesca ilegal ganha destaque na mídia | Reprodução Amazônia Brasil Web

A denúncia de pesca ilegal realizada pelo Coletivo do Pirarucu, em 4 de agosto, tem repercutido na imprensa especializada. O grupo composto por manejadores e manejadoras do peixe, representados por associações de base comunitária nas bacias do Rio Purus, Solimões, Negro e Juruá, organizações governamentais e não governamentais, enviou a diversos órgãos federais e estaduais um documento que aborda como a pesca ilegal se correlaciona com outras práticas criminosas e descreve os diversos impactos negativos causados por um contexto de impunidade e ausência de fiscalização.

A carta foi enviada ainda a candidatos à presidência e ao governo do Amazonas, a fim de tornar público o descaso com as populações locais. O documento traz relatos de atividades ilícitas, como garimpo ilegal, sendo que a pesca clandestina, além do pirarucu, envolve também outras espécies (aruanã, tambaqui, jacarés, quelônios, entre outras).

“No cenário em que estamos, há risco de integridade física para pescadores, manejadores, técnicos, pesquisadores e demais colaboradores deste hercúleo trabalho voltado ao manejo participativo do pirarucu e à gestão territorial de mais de mil comunidades envolvidas em todo o Amazonas. Os ilícitos ambientais geram danos, aos estoques pesqueiros, às pessoas, à integridade ambiental, à soberania nacional…”, destacou Felipe Rossoni, da Opan – Operação Amazônia Nativa.

O jornal Em Tempo relaciona a pesca ilegal com os casos de violência nos rios das regiões cobertas pelo Coletivo do Pirarucu. A nota teve ainda destaque nos portais Amazonas Brasil Rádio Web, Segundo a Segundo, Amazonas Notícias, Portal do Generoso e Portal Amazônia.

Nota relatando atividades ilícitas foi distribuída pelo Coletivo do Pirarucu

O grupo finaliza o documento recomendando ao Estado Brasileiro que “se comprometa e direcione esforços e recursos no cumprimento da lei, coibindo e punindo práticas ilícitas e devolvendo a segurança para que as comunidades manejadoras e demais organizações de apoio técnico possam seguir trabalhando com o manejo sustentável de pirarucu”.

A nota completa pode ser lida aqui.