Pirarucu nas Telas: Documentário encanta público na COP 16

“Pirarucu, o respiro da Amazônia”, filme de Carolina Fernandes sobre o manejo sustentável do pirarucu, durante exibição no Pavilhão do Brasil na COP 16. Foto: Banksia Films

A história do manejo sustentável do pirarucu não apenas ecoou nas falas da delegação brasileira na COP 16, a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, realizada entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro em Cali, na Colômbia. O documentário “Pirarucu, o Respiro da Amazônia”, dirigido por Carolina Fernandes e produzido pela Banksia Films, foi exibido em uma mostra especial de vídeos no Pavilhão do Brasil, dedicada à conservação ambiental.

O filme, é uma janela poderosa para o trabalho conjunto entre povos indígenas, comunidades tradicionais, técnicos, pesquisadores, chefs de cozinha, e diversas instituições — todos mobilizados por um objetivo comum: proteger a Amazônia e valorizar seu potencial.

Com exibições em festivais ao redor do mundo e uma indicação ao renomado Panda Awards, considerado o Oscar dos filmes de natureza, o documentário traduz para o público internacional a importância do pirarucu e do manejo sustentável como exemplo de conservação comunitária. A produção revela como a união desses grupos em prol da preservação está, de fato, fazendo a diferença, trazendo um ar de renovação e esperança às questões ambientais discutidas na Conferência.

Modelo implementado no Amazonas há 25 anos foi apresentado pela delegação brasileira como exemplo de iniciativa que une sustentabilidade econômica e conservação ambiental

Brasil apresenta o Manejo do pirarucu como exemplo de sustentabilidade

Além das telas, o Brasil apresentou nas discussões o modelo de manejo do pirarucu, implementado há mais de 25 anos no Amazonas, como um caso inspirador de como conservar e promover o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo. O evento reuniu representantes de mais de 200 países e ofereceu uma plataforma global para compartilhar experiências bem-sucedidas na conservação da biodiversidade.

Cristina Buck, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), apresentou a prática em uma mesa de discussões que explorava a relação entre bioeconomia e biodiversidade. “O evento buscou discutir as relações entre bioeconomia e conservação, abordando alternativas locais que demonstrassem na prática essa relação. Acredito que o principal ganho da minha fala foi apresentar um caso prático de sucesso de boas práticas de conservação que trazem benefícios para as pessoas, o que comunga muito bem com o lema da COP ‘Paz com a Natureza’ ”.

A apresentação foi recebida com interesse por representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que estiveram presentes para fortalecer o reconhecimento global da iniciativa.

*Com informações da OPAN