Restaurantes sustentáveis apoiam o pirarucu selvagem Gosto da Amazônia

31.05.2023, por Renata Monty

Após o sucesso do Festival Gosto da Amazônia no interior de São Paulo, diversos restaurantes aderiram ao pirarucu selvagem e sustentável, com origem em comunidades indígenas e ribeirinhas integrantes do Coletivo do Pirarucu. A boa notícia é que alguns desses estabelecimentos já realizam práticas sustentáveis, levando em conta a valorização de pequenos produtores (as), o cuidado com a escolha dos insumos e até mesmo incentivando o plantio de árvores.

Como destaca o chef David Augusto, do Martin Holandesa, em Holambra, o pirarucu Gosto da Amazônia é um produto que segue as premissas do restaurante, sempre conectado às iniciativas sustentáveis. A exemplo disso, citou o projeto “Martin Reforest Project”, em que o cliente é convidado a plantar uma árvore – a fim de “neutralizar o CO²” emitido durante o trajeto com um veículo a gasolina ou diesel.

Martin Holandesa – Holambra | Steak de lombo de pirarucu selvagem com risoto de cupuaçu, servido com molho do verdadeiro guaraná amazônico

“O pirarucu combina muito com os nossos propósitos e trouxe ainda mais valor para o nosso cardápio. Apostamos no projeto pelo cuidado com a Amazônia e pelas comunidades indígenas e ribeirinhas – e respeito pela espécie. O peixe tem um sabor único, é muito bom de ser trabalhado ”, garante o chef David, que criou o steak de lombo de pirarucu selvagem com risoto de cupuaçu, servido com molho do verdadeiro guaraná amazônico.

No restaurante Grotta, em Atibaia, a criação de suínos é orgânica e sustentável e visa a charcutaria artesanal. Como explica Gerson Barbosa, à frente do restaurante, é notável o aumento na busca por alimentos mais saudáveis, orgânicos e sustentáveis. Por esse motivo, quando foi convidado para o Festival Gosto da Amazônia, resolveu apostar no pirarucu selvagem. Junto com a sua equipe, criou o pirarucu cozido no sous vide e grelhado, servido com farofa de maracujá, bisque de camarão, tuile de sagú com wassabi e pancetta maturada da Grotta.

“O pirarucu selvagem tem sabores mais acentuados e livres do gosto de barro presentes nos criados em cativeiro. Além disso, o produto sustentável e mais natural proporciona um sabor final mais agradável e encantador nos alimentos”, defende Gerson.

Grotta – Atibaia | Pirarucu selvagem confitado no sous vide e salteado na manteiga, farofa de maracujá com farinha d’agua e manteiga de garrafa, bisqui de camarão com leite de coco

Atualmente, Gerson conta que vem fazendo testes com a charcutaria do peixe a fim de transformá-lo em uma versão de “bacalhau dos trópicos”.

“Em breve teremos novidades, pois creio que pela textura da carne desse peixe ficará maravilhoso”, prevê.

O Apytaia, em Atibaia, também ligado às ações sustentáveis, como uma fonte de água “consciente”, aderiu ao pirarucu Gosto da Amazônia durante o Festival. Como conta o proprietário Guilherme Teixeira, a experiência de trabalhar com o nosso peixe foi uma grata novidade.

“Nunca tínhamos trabalhado com esse peixe selvagem. A carne é consistente e o sabor é único. A aceitação do prato surpreendeu e cabe muito bem ao que o nosso restaurante procura. Desde o início procuramos parceiros para iniciativas sustentáveis”, relembra.

Confira a lista dos restaurantes que servem pirarucu pelo Brasil.